terça-feira, 8 de abril de 2008

Vai um cafezinho?

O café está presente no quotidiano de muitos milhões de pessoas, mas saberão elas a sua verdadeira origem? Os seus efeitos benéficos? E como o seu excesso pode prejudicar a saúde? A história do café surgiu com um jovem pastor, há cerca de 1300 anos atrás, num local denominado Abissínia, hoje conhecido como Etiópia. O pastor começou a reparar nuns comportamentos estranhos por parte do seu rebanho, após a ingestão de umas bagas vermelhas, bastante abundantes naquele local, o rebanho não sossegava noite e dia. O pastor intrigado resolveu colher algumas dessas bagas rubias e levá-las a um mosteiro ali perto. Os monges intrigados com a história logo resolveram cozinhar os auspiciosos grãos, a bebida resultante mostrou-se deveras intragável pelo que foi jogada numa fogueira de imediato. No liquido residiam ainda alguns grãos e estes quando começaram a ficar torrados libertaram um aroma agradável que chamou a atenção os monges e o pastor. Os monges voltaram a tentar fazer uma bebida desta vez com os grãos torrados, e a partir deste surgiu um elixir agradável e saboroso, ao qual denominaram “kaaba” que significa em árabe “pedra preciosa de cor café”. Os monges começaram a tomar esta bebida diariamente e viram-na como algo enviado por Alá para melhorar o cumprimento dos seus deveres, o seu conhecimento foi passado de geração em geração até que os árabes, comerciantes astutos, começaram a negociar com os europeus permitindo a entrada do café na Europa.

O café entrou através do Porto de Veneza e chegou até à Holanda, França, Inglaterra, Alemanha, contribuindo para amenizar questões políticas e económicas; ficou mundialmente conhecido através dos descobrimentos, sendo levado até às grandes plantações por toda a América do Sul.

Hoje em dia, um pouco por todo o globo, o café povoa a maioria das culturas com paladares e aromas diferentes mas nem por isso menos agradáveis. Existem três tipos de café disponíveis:
- café gourmet: grãos raros e bem seleccionados;
- café de nível superior: acessível aos consumidores, com uma excelente qualidade de grãos;
- café tradicional: a sua qualidade é intermediária e apresentam um custo mais baixo, sendo o mais utilizado diariamente.
Relativamente à constituição desta bebida tão célebre, não é só a cafeína que está presente, a cafeína representa 2,5% de uma chávena de café mas existem muitas mais substâncias. O grão de café contém potássio, magnésio, cálcio, sódio, ferro, manganês, rubídio, zinco e cobre. A cafeína actua no sistema nervoso central, amenizando os efeitos da adenosina (substância que actua de modo inibitório, responsável pelo sono), aumenta a concentração, diminui o consumo de drogas e álcool.
Existe o mito de que a cafeína vicia, mas não existem provas científicas de que realmente assim seja! Existem sim, estudos científicos acerca dos benefícios do café, como o facto de poder prevenir o aparecimento da diabetes tipo II (devido à presença dos ácidos clorogénicos e de sais minerais como o magnésio) e o cancro do cólon e da próstata, proteger contra o risco de doenças cardiovasculares. No entanto o consumo não deverá ser excessivo, porque pode levar ao aparecimento de osteoporose, episódios de pânico, gastrites, hipertensão, arritmias cardíacas, tremores, diarreias e insónias.
O café pode ser tomado diariamente desde que cada um regule o seu consumo de acordo com a sua condição física. Café simples, cappucino, com leite, com natas, com gelado, quente, morno, gelado, de qualquer modo é sempre agradável… quem resiste?

Bom Apetite*

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